Ministra da Saúde fala em 'superar emergência por desassistência' na Terra Yanomami em reunião com lideranças em Roraima

  • 13/01/2025
(Foto: Reprodução)
Nísia Trindade está em Roraima para acompanhar as ações da pasta voltadas à saúde no território Yanomami, que completará dois anos em estado de emergência pública. Comitiva visitou Hospital Universitário em Roraima Samantha Rufino/g1 RR "Vamos seguir nesse caminho para superar a emergência por desassistência e avançarmos na saúde indígena em Roraima", disse a ministra da Saúde Nísia Trindade em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (13). Ela cumpre agenda em Boa Vista e se reuniu com lideranças indígenas Yanomami e autoridades, como o governador de Roraima Antonio Denarium (PP). 📲 Receba as notícias do g1 Roraima no WhatsApp Nísia cumpre agenda em Roraima onde acompanha as ações voltadas à saúde no território Yanomami. A região completará dois anos em estado de emergência pública no próximo dia 20 de janeiro. A situação foi decretada devido à desassistência causada pelo garimpo ilegal, em que indígenas enfrentavam casos graves de desnutrição e malária no território. Desde então, o governo federal promove ações de desintrusão e apoio à saúde. Além de Nísia, a ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara e o secretário de saúde indígena Weibe Tabepa acompanham a visita. Pela manhã, a equipe esteve na Casa de Governo, órgão criado para concentrar as ações de apoio aos indígenas Yanomami e Ye'kwana afetados pelo garimpo ilegal. "Não é uma visita de autoridade só, é uma visita de construção [...] Isso só é possível ouvindo toda a comunidade Yanomami, Ye'kwana trabalhando de forma conjunta para superarmos [a crise]", disse, ao agradecer aos profissionais de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) pela atuação. A ministra destacou uma melhora significativa na saúde Yanomami com a reabertura de sete polos de saúde que estavam desativados. Atualmente, 37 polos estão em funcionamento no território e com isso 5,2 mil indígenas voltaram a ser atendidos pelas equipes de saúde. Ao g1, ela avalia que o principal desafio na atuação é a malária entre os indígenas, principalmente entre as crianças, um reflexo de questões ambientais e sociais causadas pelo garimpo. Porém, afirma que a pasta tem superado através de inovações no diagnóstico. "Estamos atuando na prevenção através do uso de biolarvicidas, dos mosqueteiros, de borrifações, mas também do cuidado, porque sabemos que em função de todo o impacto do garimpo aumentou muito a malária na região. Estamos fazendo diagnóstico precoce com os testes rápidos e isso também é um dado novo, porque normalmente fazem o teste com microscopista. Esse teste continua ser feito, mas pra nas áreas tem que ter muita malária o teste rápido é muito importante", explicou. Além das ações de saúde, o governo federal deve fortalecer as ações voltadas para a educação e apoio no plantio das roças, para que os indígenas retomem a alimentação tradicional e deixem de receber cestas básicas, que são enviadas desde janeiro de 2023. Visita ao Hospital Universitário A agenda incluiu uma visita ao Hospital Universitário da Universidade Federal de Roraima (UFRR), no bairro Pintolândia, onde será implantada a primeira Unidade de Retaguarda Hospitalar dos Povos Indígenas (URHPI) do Brasil. Na primeira fase da implantação, a unidade terá 35 leitos. A previsão é que a inauguração ocorra em março. Antes, se chamava Hospital das Clinícas e era administrado pelo governo de Roraima, mas em desde dezembro de 2023 está em processo de transição para ser administrado pela UFRR. "Além dos leitos serem específicos para as as comunidades indígenas, nós teremos também o centro de convivência, onde será possível a realização das atividades de pajelança da cultura indígena e principalmente fortalecendo a história cultura dos povos originários", disse o reitor da UFRR, Geraldo Ticianelli. Também estiveram na visita o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami e Yek'uana (Dsei-YY) Maurício Yek'wana, a secretária estadual de saúde Cecília Lorenzon e a deputada federal Helena da Asatur (MDB). Na casa de governo, o senador Chico Rodrigues (União Brasil) acompanhou a comitiva. Terra Yanomami Com mais de nove milhões de hectares, a Terra Indígena Yanomami é a maior do Brasil, localizada entre os estados do Amazonas e Roraima, com cerca de 32 mil habitantes, entre os povos Yanomami e Yekwana, divididos em mais de 380 comunidades. O acesso às comunidades é de 98% via aérea e 2% terrestre. Na terra Yanomami, também existe um grupo de indígenas considerados isolados, os Moxihatëtëma. O território é alvo de garimpeiros ilegais desde a década de 80, mas nos últimos anos enfrentou o aumento desenfreado da atividade, que causa malária e desnutrição entre os indígenas. Desde 2023, o governo federal implantou ações de combate ao garimpo e apoio a saúde dos indígenas, com forças de segurança na Terra Indígena e distribuição de cestas básicas nas comunidades Ministra da Saúde chega a Roraima nesta segunda-feira Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/01/13/ministra-da-saude-fala-em-superar-emergencia-por-desassistencia-na-terra-yanomami-em-reuniao-com-liderancas-em-roraima.ghtml


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