Sem adversários, Ricardo Teixeira é reeleito presidente da Câmara Municipal de SP para 2026
15/12/2025
(Foto: Reprodução) O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil), eleito novo presidente da Câmara Municipal de São Paulo em 2025.
Richard Lourenço/Rede Câmara
O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) foi reeleito presidente da Câmara Municipal de São Paulo nesta segunda-feira (15) e comandará o Legislativo paulistano em 2026 pelo 2° ano consecutivo.
Teixeira foi aclamado por maioria ampla dos 55 vereadores da cidade e não teve adversário oficial no pleito dessa segunda (15), uma vez que o partido dele decidiu retirar a candidatura de Rubinho Nunes do pleito na sexta (12) e o PSOL - que tradicionalmente lança candidato próprio – neste resolveu se abster da votação.
No total, 49 vereadores votaram a favor da recondução dele e apenas 5 abstenções.
Com ajuda do prefeito Ricardo Nunes (MDB), ele teve apoio de nove partidos da casa antes da votação desta segunda (15). O único partido que não deu apoio ao candidato do prefeito foi o PSOL, que resolveu não votar em ninguém e, tampouco, lançar candidato próprio.
Desistência do PSOL
O PSOL diz que a decisão de não lançar candidato próprio foi por causa das estratégias adotadas por outros partidos de apoiar Teixeira e isolar Rubinho Nunes dentro do legislativo, sem espaço para alianças e torno de outros candidatos.
“O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) é oposição à gestão Nunes e defende uma cidade democrática, diversa e com justica social, radicalmente diferente da que vemos hoje.
“A bancada do PSOL na Câmara Municipal inicialmente buscou articular uma candidatura independente da Prefeitura à Presidência da Casa, visando garantir autonomia do Legislativo frente ao Poder Executivo. No entanto, as diferentes estratégias adotadas por outros partidos acabaram por inviabilizar a construção dessa alternativa”, afirmou.
“O cenário para a eleição da Mesa Diretora se consolidou em torno de duas candidaturas principais: Ricardo Teixeira, candidato que representa a base aliada e os interesses da Prefeitura; e Rubinho Nunes, candidato que articula o apoio de setores da extrema direita. Frente a esse quadro, a bancada do PSOL aprovou a decisão de se abster da votação para a Presidência da Câmara Municipal no próximo dia 15/12.”, declarou a bancada de seis vereadores da legenda.
Derrota de Milton Leite
O vereador Silvão Leite (União Brasil), afilhado político do ex-vereador Milton Leite.
Divulgação/Rede Câmara
A vitória de Teixeira é considerado por alguns como uma autonomia do presidente reeleito frente ao ex-presidente da Casa, Milton Leite, que é presidente estadual do União Brasil e não queria a reeleição do atual mandatário.
Leite foi o articulador da candidatura de Rubinho Nunes para a presidência, numa queda de braço com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) que não aceitava a imposição do nome preferido do ex-mandatário da Cãmara, que se aposentou dos trabalhos na casa.
Milton Leite sempre quis impor aos vereadores da base nunista o nome de Silvão Leite, um parlamentar, por ora, inexpressivo que ainda está em 1° mandato na Casa e não tem o traquejo necessário para comandar o maior legislativo municipal do país.
Antes de ser eleito vereador ano passado, Silvão Leite tinha sido apenas presidente da escola de Samba 'Estrela do Terceiro Milênio', do Grajaú, cujo patrono é o próprio Milton Leite.
Antes e depois: o vereador eleito Silvão Leite como presidente da escola de samba do Grajaú e agora como parlamentar eleito que participa em silêncio das reuniões e sessões.
Montagem/g1/Reprodução/Instagram
Silvão é considerado internamente como o ‘poste do Milton Leite’ entre os vereadores da própria base de apoio de Ricardo Nunes.
Apesar de ter anunciado que estava aposentado das atividades legislativas e não ter concorrido a um novo cargo de vereador no passado, Milton Leite desejava manter sua influência no legislativo da cidade, indicando para o comando um dos seus substitutos.
Além de Silvão Leite, o ex-presidente da Câmara é fiador das candidaturas de Silvinho Leite e da pastora Sandra Alves, todos os três do União Brasil.
Os vereadores Rubinho Nunes e Ricardo Teixeira, do União Brasil, disputavam a cadeira de presidente da Câmara Municipal de SP.
Montagem/g1/Rede Câmara